quinta-feira, 19 de março de 2009

Qual o limite entre a Ciência e a Ética?

A Pesquisa divulgada pela clínica Fertility Institutes de Los Angeles, levantou uma questão que a muito nos intriga: qual é o limite entre a ciência e a ética? A pesquisa causou muita discussão, pois muitos cientistas acreditam que não se deve usar a ciência para fins estéticos irrelevantes, mais sim para salvar vidas e melhorar a qualidade da saúde das pessoas. O diretor da clínica responsável pela pesquisa garante que não se pode impedir que a ciência avance. Já o professor de medicina reprodutiva e diretor do Instituto de Andrologia dos EUA, Panayiotis Zavos, afirma que tal experiência não é ciência e critica “... o avanço proposto por ele é patético”.

A discussão sobre até onde a ciência pode chegar, preocupa a toda sociedade. Nos últimos anos, várias pesquisas sobre células-tronco, por exemplo, foram divulgadas. Assunto que também divide opiniões e no Brasil foi parar no Congresso Nacional, onde a principal discussão foi: “onde começa a vida?”. Nos EUA o presidente autorizou no último dia 09, pesquisas com células-tronco e irá liberar verbas federais para investimentos nas pesquisas. Sobre o mesmo assunto, a igreja católica condena os estudos, por acreditarem que estarão usando vidas humanas e indefesas, o que caracteriza em homicídio.

Para a sociedade pesquisas de tal forma também dividem opiniões, por questões éticas e morais. Muitos condenam a prática, devido a ideologia religiosa ou pela própria bagagem cultural. Para outros as pesquisas são uma oportunidade, uma esperança a mais para quem sofre de doenças, como a britânica Dakota Clarke de 2 anos, que nasceu com displasia septo óptica, doença que causa deficiência no nervo ótico levando a cegueira. Ela se submeteu a terapia com células-tronco e obteve efeito positivo, recuperando a visão.

A pesquisa da Clinica Fertility Institutes, dá a possibilidade dos pais “montarem” os filhos como se eles fossem um quebra cabeça imaginário. O que aparentemente, não oferece nenhum beneficio para a saúde, apenas estético e tem até a possibilidade do tiro sair pela culatra, “você vai trabalhar no nível molecular, o que é passível de criar mutações e defeitos físicos”, como teme o professor Panayiotis Zavos. A permissão para este tipo de pesquisa pode ser vetada pelo governo federal caso seja comprovado risco à vida humana e ou mobilização da população. O que poderá resultar no cancelamento dos estudos e impossibilitar as experiências, por se tornar uma prática ilegal perante o Estado.

1 comentários:

ahoje não estão mais dando importancia as questoes de etica,
com os avanços tecnologicos tudo esta se resumindo apenas em eletronicos

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