Pequenas Descobertas

Aos poucos vamos descobrindo que acordar é muito mais do que despertar pela manhã...

Frutos do descaso

Dizem que a onda de protestos em São Paulo, iniciadas neste fim de semana, são frutos da ação irresponsável de policiais militares que resultaram na morte do adolescente de apenas 17 anos, Douglas Rodrigues.

A Sociedade e seus valores

A decadência de determinados valores em nossa sociedade nos leva a uma perda incalculável nas relações sociais.

Carlos Drummond de Andrade

Quando ele nasceu e seu Anjo o disse que ele estava fadado a ser gauche na vida, nem meus avós eram nascidos. Quando ele faleceu,eu ainda não andava nem falava.

sábado, 12 de dezembro de 2009

O Espaço Público Urbano




O Espaço publico urbano, é tudo aquilo que é de uso e interesse de todos. Como praças, ruas, shoppings e outros. Os gregos acreditavam que as praças colocadas nas cidades, representavam o espírito publico da coletividade da população e era onde os indivíduos podiam exercer a cidadania. Mais o que dizer dos personagens do espaço publico urbano?

Terezinha Carvalli, por exemplo, é ascensorista no Mercado Central. Ela se destaca no ambiente do Mercado, devido ao seu bom humor e cordialidade em receber os usuários do elevador. Aos seus 48 anos de idade, Terezinha encanta a todos. Ela está sempre sorridente e todos os usuários tem direito a um abraço da ascensorista. Este diferencial foi o que tornou Terezinha um ícone dentro do Mercado. O Mercado Central por sua vez, é um espaço semi-privado. De acesso livre, durante um horário pré-determinado.

Os personagens do espaço público, que somos todos nós, levantou uma outra discussão nos últimos anos, a questão da cidadania. Como personagens, somos também cidadãos, com direitos e deveres que devem ser respeitados para se evitar o caos. Muita das regras estabelecidas para se viver em sociedade é de caráter ético, ou seja, não é prevista sanção, por lei, para o não cumprimento. Mais por outro lado, o individuo que desrespeite o modo de vida estabelecido pela tribo, grupo ou classe a que ele pertence, poderá sofrer repressão dos demais membros. Este comportamento é definido pela cultura de cada grupo e irá influenciar na bagagem cultural de cada indivíduo.

Um exemplo seria um professor entra numa sala de aula e dizer palavras obscenas para se dirigir aos alunos. O comportamento dele seria incompatível com o local em que ele se encontra, pois, neste grupo delimitado no espaço semi-privado, tem regras de comportamento, que não condiz com a atitude do professor. Já este mesmo professor em um estádio de futebol, se dirigindo ao árbitro da partida, por exemplo, com este mesmo comportamento, ele não sofria nenhum tipo de repressão, por parte dos demais torcedores, devido ao ambiente em que ele se encontra.

Além da questão ética, a também as regras de conduta que são estabelecidas para todos e que devem ser seguidas dentro do espaço publico urbano, seja ele completamente publico ou semi-privado. Estas regras são estabelecidas por leis escritas e publicadas para livre conhecimento de todos.

Há também personagens que se apropriam do espaço publico urbano, como guardadores de carros, vendedores de pipocas e outros. Muitos usam as ruas e calçadas como forma de ganhar a vida. Às vezes por falta de opção, e outras por se identificar com o “trabalho de rua”.

De forma geral, espaço publico urbano é composto por diversas pessoas, com diferentes tipos de comportamento e dividas em grupos. Os personagens é a alma do espaço publico urbano, sendo ele responsável pela existência do ambiente público e pela preservação do mesmo. São também os personagens que caracterizam o local.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O que realmente o "Novo Orkut" terá de "Novo"?

Após um longo período sem grandes mudanças, o Orkut resolveu inovar sua interface e acrescentar novos aplicativos. Segundo os idealizadores do projeto, as mudanças vão além de um novo visual e tem como objetivo apresentar um programa mais próximo e útil ao usuário. Em palestra concedida a alunos de graduação, o professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS, Alex Primo, criticou a demora do Orkut em se inovar . "O Orkut levou muito tempo para atender as solicitações e as necessidades dos usuário, com o surgimento de novas redes de sociais, ele acabou perdendo parte do seu publico o que o obrigou a acompanhar as mudanças e as tendências das redes sociais", avaliou.


A nova versão da ferramenta, segundo o diretor de produtos do Orkut, Victor Ribeiro, "tem como característica conectar as pessoas e organizar as informações sociais de seus amigos",diz. A questão da segurança também foi trabalhada. "O Orkut é hoje uma das redes mais seguras do mundo", afirma. Em coletiva com a imprensa, representantes da Google afirmou que a integração com Youtube continurá e que poderá haver futuramente uma integração com outras ferramentas do Google, como o Google Wave e o Picassa.

As mudanças principais anunciadas serão na interface, no compartilhamento de álbuns com imagens e a opção de possíveis amigos a serem adicionados. Como usuária do aplicativo, foi possível perceber que muitas das mudanças informadas, já estavam disponíveis há algum tempo no "Orkut Velho". A única mudança gritante possível será no Designer e na exposição das opção dos aplicativos. Como pode ser comprovado pelas imagens abaixo:

Opção de Sugestão de Amigos:



Quando o usuário adiciona alguém sugerido pelo Orkut, automaticamente aparece uma mensagem de "ola", uma espécie de "Twitter Generation", que é enviado juntamente com o convite de amizade.


As opções anunciadas para compartilhamento de álbuns, já existia há algum tempo no "Orkut Velho". Inclusive para não usuários do aplicativo.





Apesar da expectativa gerada em torno do novo visual e as dúvidas sobre o que realmente será "novo", apenas usuários convidados terão acesso ao novo designer do Orkut. A previsão é de que até junho de 2010, todos os usuários terão acesso a nova interface do aplicativo. Só então será possível comprovar ao que realmente mudou.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Jogo

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Contato

Telefones:Link
(31) 8893 8255
(31) 9134 2722
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Gestante







quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Teatro: "As Casadas Solteiras

A peça conta a história de dois amigos ingleses, John e Bolinbrok que, apaixonados pelas irmãs Virginia e Clarisse, as roubam do pai e com elas fogem para a Bahia. Longe de casa, Clarice e Virgínia sofrem com o tratamento britânico de seus maridos, que em nada se parecem com os antigos amantes da época em que se conheceram. Todas as armações dos casais contam com a ajuda de Jeremias, um sujeito atrapalhado que vive correndo da mulher, Henriqueta, uma pobre e infeliz esposa abandonada pelo marido. Mas um acontecimento faz brotar o amor entre o casal, que resolve apoiar as infelizes irmãs numa fuga de volta ao Rio de Janeiro, quando o quadro muda de figura.













Fotos:





segunda-feira, 20 de abril de 2009

Dificuldades sobre um novo olhar jornalístico

Os professores Reinaldo Maximiano e Aurélio José, professores do Centro Universitário UNA, participaram da XII edição do Encontro Nacional de Professores de Jornalismo. Eles abordaram o tema “O ensino interdisciplinar no gerenciamento das zonas de tensão na produção jornalística: a experiência da Revista Contornos”. “Neste trabalho observamos as dificuldades dos alunos em produzir um novo olhar para abordar os temas jornalísticos”, enfatizou Aurélio. Os dois professores, foram orientadores dos alunos do 4º e 5º períodos no 2º semestre de 2008 na disciplina TIDIR.

O TIDIR, trabalho interdisciplinar, é uma disciplina que vem atrelada a todos as outras matérias cursadas no período. No caso do trabalho desenvolvido pelos professores, o produto final foi a Revista Contornos, elaborada totalmente pelos alunos. Nesta disciplina, todos os professores participam e dedicam parte do tempo para auxiliar os alunos. Os orientadores observaram adificuldades dos alunos em sair

Foto: Lincon Zarbietti
do factual e abordar os temas com novos olhares. “Não mudar a visão de abordagem da notícia é como fazer chover no molhado”, concluiu Reinaldo. Os orientadores garantiram que este conceito foi trabalhado com os alunos e o resultado foi muito interessante e atendeu todas as expectativas do objetivo da disciplina no período. “Este tipo de trabalho é muito interessante, pois hoje com a internet e outros meios de comunicação, quase não se vê o repórter em contato com o fato, é importante resgatar a função do repórter de ir para a rua”, acrescentou o participante e professor Marcus Assis Lima da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

A Revista Contornos abordou vários temas, como cegueira, moradores de ruas e Forró do Mangabinha. Em todas as matérias escritas, os alunos abordaram as notícias de forma diferente do factual, eles viraram personagem e estiveram no lugar onde acontecem os fatos para relatar. No caso da cegueiras, as alunas tiveram a experiência de passar 12 horas vendadas para relatar a experiência de não enxergar. Na abordagem dos moradores de rua, os alunos foram conversar diretamente com eles e no Forró do Mangabinha, as alunas foram para a casa de shows. Todas as matérias da revista, foram feitas com estes critérios de apuração.

Fórum cada vez melhor e mais democrático

XII Encontro Nacional de Professores de Jornalismo aconteceu este ano no Centro Universitário UNA, Campus Aimorés


Participante desde o I Encontro Nacional de Professores de Jornalismo, Moacir Barbosa Souza, professor da UFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, confirma a importância do evento através da sua evolução ao longo destes 12 anos. Ele conta que no início, o evento era restrito aos professores e que alguns anos depois foi aberto aos alunos, o que aumentou a dinâmica do Encontro. “Um jornalista deve escrever uma matéria observando os dois lados e nós notamos que estava faltando entender a visão dos estudantes”, diz.

Os temas, segundo Moacir, são importantes e estão coerentes com a realidade. “Este ano, o curso de comunicação da UFRN adicionou uma nova habilitação, sendo que hoje temos o Jornalismo, Publicidade de Propaganda e Radialismo. Eu estou levando muitas idéias que trocamos durante o Encontro que servirá para repensarmos e se preciso reestruturarmos o curso”, afirmou animado o professor.
Veja mais sobre o evento na página: http://www.12enpj.blogspot.com/ e www.fnpj.org.br

terça-feira, 7 de abril de 2009

Raphael foi encontrado

Encontrado hoje próximo a uma cachoeira no rio Taquaraçú, o corpo de Raphael Antonio de 20 anos, que estava desaparecido desde a última quarta-feira. Raphael foi amarrado com correntes trancadas a cadeado e jogado vivo dentro do Rio Taquaraçú na cidade de Taquaraçú de Minas.
Ele saiu por volta do meio dia do dia 01 de abril, de Jaboticatubas para fazer uma corrida de táxi para os três criminosos que confessaram o crime. Eles o assaltaram, roubando R$ 230,oo em dinheiro e levaram o carro após jogar o taxista vivo e amarrado dentro do Rio Taquaraçú. Os três meliantes foram presos e estão sob o poder da justiça.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ajudem a encontrar o Raphael!

Raphael Antônio Machado, desapareceu na última quarta-feira (01 de abril) após ser chamado em casa, durante seu almoço para fazer uma corrida de táxi para 3 suposto responsáveis pelo seu desaparecimento. Ele mora em Jaboticatubas e a corrida era para Taquaraçú de Minas, cidade vizinha. Desde então não foi mais visto. A família está muito angustiada. Se alguém viu ( foto ao lado), por favor avise a Polícia pelo 190 ou 197. O telefone da rádio comunitária em Jaboticatubas é (31) 3683-1834. Se tiver qualquer informação, por favor ajude!
Telefones para contatos:
(31) 3683-1714
(31) 8869-3554
Foto: Arquivo pessoal da família.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Qual o limite entre a Ciência e a Ética?

A Pesquisa divulgada pela clínica Fertility Institutes de Los Angeles, levantou uma questão que a muito nos intriga: qual é o limite entre a ciência e a ética? A pesquisa causou muita discussão, pois muitos cientistas acreditam que não se deve usar a ciência para fins estéticos irrelevantes, mais sim para salvar vidas e melhorar a qualidade da saúde das pessoas. O diretor da clínica responsável pela pesquisa garante que não se pode impedir que a ciência avance. Já o professor de medicina reprodutiva e diretor do Instituto de Andrologia dos EUA, Panayiotis Zavos, afirma que tal experiência não é ciência e critica “... o avanço proposto por ele é patético”.

A discussão sobre até onde a ciência pode chegar, preocupa a toda sociedade. Nos últimos anos, várias pesquisas sobre células-tronco, por exemplo, foram divulgadas. Assunto que também divide opiniões e no Brasil foi parar no Congresso Nacional, onde a principal discussão foi: “onde começa a vida?”. Nos EUA o presidente autorizou no último dia 09, pesquisas com células-tronco e irá liberar verbas federais para investimentos nas pesquisas. Sobre o mesmo assunto, a igreja católica condena os estudos, por acreditarem que estarão usando vidas humanas e indefesas, o que caracteriza em homicídio.

Para a sociedade pesquisas de tal forma também dividem opiniões, por questões éticas e morais. Muitos condenam a prática, devido a ideologia religiosa ou pela própria bagagem cultural. Para outros as pesquisas são uma oportunidade, uma esperança a mais para quem sofre de doenças, como a britânica Dakota Clarke de 2 anos, que nasceu com displasia septo óptica, doença que causa deficiência no nervo ótico levando a cegueira. Ela se submeteu a terapia com células-tronco e obteve efeito positivo, recuperando a visão.

A pesquisa da Clinica Fertility Institutes, dá a possibilidade dos pais “montarem” os filhos como se eles fossem um quebra cabeça imaginário. O que aparentemente, não oferece nenhum beneficio para a saúde, apenas estético e tem até a possibilidade do tiro sair pela culatra, “você vai trabalhar no nível molecular, o que é passível de criar mutações e defeitos físicos”, como teme o professor Panayiotis Zavos. A permissão para este tipo de pesquisa pode ser vetada pelo governo federal caso seja comprovado risco à vida humana e ou mobilização da população. O que poderá resultar no cancelamento dos estudos e impossibilitar as experiências, por se tornar uma prática ilegal perante o Estado.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Repórter fotográfico - Juca Varella

Saiba mais sobre o foto jornalista Juca Varella.

domingo, 11 de janeiro de 2009

O Assalto

Crônica

Eu andava pela rua, que estava muita tranqüila, assim como eu. Só senti um puxão em meu braço que para o meu desespero, era um assalto. Era um garoto de mais ou menos dezesseis anos, franzino e de cor clara. Segurei-o pelo braço, com muita facilidade. Na minha outra mão, eu segurava os presentes dos meus afilhados, que eu estava indo entregar. E na outra mão dele, meu telefone. Comecei a olhar ele nos olhos, não gritei e ninguém passou para me ajudar. Comecei a imaginar por que um garoto, que deveria estar brincando ou praticando esporte estaria naquela situação. De repente me bateu uma revolta. O que o governo estaria fazendo naquela hora? Com certeza o mesmo que aquele menino acabava de me fazer. Só que em uma proporção maior.

Eu segurava o garoto. Ele me olhava, fazia força pra eu soltar. Eu era mais alta que ele, e estava com os braços fortes, resultados das aulas de taekwondo. Poderia tê-lo acertado com chutes ou socos. Mais era só um garoto que eu segurava pelos braços, como se fosse um garoto rebelde a fugir da mãe. Não poderia fazer nada, estaria descumprindo com o meu dever social de proporcionar a integridade física da criança e do adolescente, e ele era só um menino. Pensei na mãe dele, onde estaria? Talvez trabalhando, para tentar dar condições ao filho, já que ele estava muito bem vestido. Talvez ela nem saiba que ele praticava roubos no centro da capital. Ele parecia estar drogado. Meu Deus era só um garoto!

Era 10hs da manhã, e pensei se ele já teria feito o desjejum. Ele fazia força para se soltar. Eu não queria reagir. Meu celular era segundo plano, estava velho e merecendo troca. Olhávamos um pro outro, eu quis perguntar se ele estava com fome, mais não disse nada. Apenas olhei aquele garoto magro e pálido, com os olhos vermelhos, que eu segurava forte pelo braço.

Pensei na mãe que foi autuada em flagrante está semana, por prender o filho em casa. Ele era viciado em drogas, e ela não agüentava mais a situação. Imagina o desespero da mãe em ver o filho de 17 anos viciado em crack. Mais eu estava com um garoto segurando-o pelos braços. Nem imaginava o que estava por traz dele. Pensei se ele estaria matriculado em uma escola. Muita coisa passou em minha cabeça enquanto nos olhávamos nos olhos. Eu pensava o tempo todo, que aquele assaltante, era só um garoto. Eu não quis mais segura-lo. Já havia passado 20 segundos que estávamos ali, olhando um para o outro sem dizer nada. Soltei-o e disse apenas: Vá embora.

Ele correu ágil pelas ruas. Pensei em como ele daria um bom atleta. Sua arrancada veloz me fez imaginá-lo no pódio, após uma corrida. Infelizmente ele já tem seu destino traçado. Meu celular vai virar droga nas mãos dele. Mais tarde outra pessoa será vítima deste garoto. Que durante a corrida deixou os chinelos para traz. Quantos meninos estão nessa situação? O que o governo estaria fazendo com o nosso dinheiro? Como já disse anteriormente, o provável é que seja o mesmo que aquele menino acabou de fazer. Eu o vi correr, em direção à morte, ao desespero e para o desespero de seus pais.

Quanto a mim, fui entregar os presentes. E pensar em o que estamos fazendo de nossas crianças e de nossas próprias vidas.

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