Violência contra crianças: de quem é a culpa?

Nesta semana se comemora o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-juvenil. A data é prevista pela Lei 9.970, sancionada em maio de 2000 e foi escolhida devido ao seqüestro, tortura e estupro da menina Araceli Cabrera Sanches, em 18 de maio de 1973, quando ela tinha apenas oito anos. A garota foi encontrada dias depois do seu desaparecimento com o corpo deformado em uma rua de Vitória. O crime teria sido cometido por pessoas de uma família tradicional do Estado capixaba.

As razões para o dia ter sido instituído é lamentável, assim como a situação de várias crianças hoje em nosso país e no Mundo. A violência física e sexual não são cometidas apenas por estranhos. Vários casos ocorrem dentro de casa e são cometidos por tios, primos e até mesmo os próprios pais.

O que dizer de um pai que espanca os próprios filhos na frente de todos, apenas para mostrar quem “manda”? Como podemos olhar nos olhos dessas crianças e dizer qualquer coisa que seja, mesmo que seja apenas um “sinto muito”? São meninos e meninas espancados, humilhados e tratados como animais por pessoas que deveriam estar protegendo eles. É dever do cidadão, previsto pelo Constituição Brasileira, zelar pelo bem estar das crianças e dos adolescentes. É ainda mais triste pensar que há crianças em situações degradantes dentro do seio da própria família.

É importante denunciar, assim como os órgãos responsáveis precisam dar a devida importância aos casos denunciados. Dizer que as pessoas que praticam qualquer forma de violência física ou sexual contra crianças não têm coração, é muito pouco. Falta caráter, respeito e várias outras qualidades a esses indivíduos.

Teremos que evoluir muito, para um dia merecer os status das palavras “animal racional”, usadas para nos diferenciar dos demais animais. Por sinal estas palavras fazem infinitamente mais do que fizemos para merecê-las.

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